Partindo das relações entre história, território e deslocamentos, Paulo Nazareth traz ao Inhotim a exposição Esconjuro. 

Desde abril, a Galeria Praça e outros pontos do Inhotim passaram a ser ocupados pelo artista ao longo de um total de 18 meses, divididos em quatro estações: outono e primavera em 2024 e verão e inverno em 2025, afirmando a mostra como presença viva e dinâmica. 

Com uma linguagem múltipla — de pinturas a instalações — e própria, Paulo Nazareth convoca para um outro modo de fazer, outras maneiras de negociar, planejar, construir, celebrar e colher os frutos num amplo e generoso gesto de reinvenção, em que obras são trocadas, incluídas e reposicionadas ao longo do período da exposição no parque.  

Na configuração de outono, em cartaz entre abril e novembro de 2024, os trabalhos apontam diversas maneiras de se relacionar com a terra, seus ciclos e as transformações que suscitam nos seres. Além disso, as obras refletem práticas de exploração e disputa historicamente conhecidas no território. 

Por sua vez, a partir de 23 de novembro, a configuração de primavera chega com foco em transmutação, trânsitos e migrações. As paredes da Galeria Praça recebem a cor preta em referência ao carvão, que, em muitas tradições afro-brasileiras, trata de transformação, purificação e proteção.  

Haverá uma conversa aberta para marcar esse momento de mudança, chamado de “primeira reforma”.  

Esconjuro conta com a Vale como mantenedora master e com o patrocínio master da Shell, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.