Jardim Botânico
Gestão Ambiental
A sustentabilidade é um dos principais pilares do Inhotim, que trabalha para preservar e gerir os recursos hídricos, o solo, a flora e a fauna do seu entorno, com ações que buscam minimizar os impactos causados pela ação antrópica.
Recursos hídricos e efluentes
Nascentes e cursos d’água fazem parte da paisagem mineira e, claro, de Brumadinho. O Instituto faz o seu papel para preservar os recursos hídricos. Poços artesianos e reservatórios de água para irrigação são utilizados para o abastecimento de água do parque. Além disso, o Inhotim faz a coleta e o tratamento de 100% dos efluentes domésticos gerados por suas atividades em uma Estação Biológica de Tratamento de Efluente própria. Com o objetivo de manter a qualidade dos recursos hídricos e do tratamento dos efluentes, são realizadas, periodicamente, coletas de amostras de águas e efluentes para monitoramento físico-químico.
Por aqui, as águas são classificadas em Consumo Humano (potável) e Irrigação/Paisagismo, destinada à manutenção da beleza e do equilíbrio ecológico dos jardins e lagos do Instituto.
Resíduos Sólidos
Para redução dos impactos ambientais, os resíduos sólidos também são corretamente destinados pelo Inhotim, de acordo com o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Embasado na legislação ambiental, o plano faz uma classificação conforme o potencial poluidor e orienta que os resíduos sejam destinados das seguintes formas:
_ Resíduos classe I (perigosos): possuem local de armazenamento próprio, onde são recolhidos e destinados ao aterro industrial por empresa terceirizada licenciada.
_ Resíduos classe II A (não inertes): são armazenados, coletados pela prefeitura municipal e destinados ao aterro sanitário. Os resíduos recicláveis são destinados à associação de catadores de material reciclável local.
_ Resíduos classe II B (inertes): são, principalmente, entulhos de obras civis armazenados em caçambas e destinados ao aterro sanitário municipal.
Compostagem
A manutenção dos jardins gera em torno de 100 m³/mês de resíduos sólidos orgânicos. Todo este material é direcionado para compostagem realizada dentro do próprio Inhotim, sendo reincorporado ao meio ambiente e contribuindo para a melhoria do solo. 0,8 m³/mês de alimentos vegetais crus provenientes dos restaurantes do Inhotim são também utilizados no processo de compostagem
Fauna
O Inhotim também é habitado por uma série de animais silvestres, que buscam – nos jardins e na RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) – abrigo, alimentos, água e parceiros para se reproduzirem.*
Seriema (Cariama cristata), mico-estrela (Callithrix penicillata), caxinguelê (Sciurus aestuans), jacupemba (Penelope superciliaris) são alguns dos animais facilmente avistados nos jardins.
Os pássaros, em particular, são protagonistas na paisagem no Instituto e às vezes se deparam, tanto aqui como nos centros urbanos, com obstáculos que não podem ser atravessados: as vidraças nas edificações. Para minimizar as colisões, o Inhotim fez adaptações em algumas de suas edificações. Uma delas é a aplicação em seus vidros de películas anti-UV, medida que está em monitoramento para avaliação da eficácia.
A recepção do Inhotim foi a primeira edificação a ser adaptada, desde outubro de 2022, e outras nove edificações do Instituto estão em monitoramento após receberam a película: Galeria Mata, Galeria Fonte, Galeria Praça, Galeria Lago, Galeria True Rouge, Centro de Educação e Cultura Burle Marx, Espaço Tamboril, Centro Administrativo e Centro de Vivência.
A iniciativa é realizada em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que promove a pauta da conservação de aves por meio de publicações e ações educativas.
Os animais silvestres vivem livremente no Inhotim e não devem ser tocados, nem alimentados pelo público. Respeite os períodos reprodutivos: não toque em ninhos e abrigos, nem se aproxime de filhotes.