Ttéia 1C,
Nova Friburgo, Brasil, 1927 - Rio de Janeiro, 2004
Ttéia 1C, 2002
Copyrights © Projeto Lygia Pape
fio metalizado
Ttéia1C (2002) é uma obra da última etapa da carreira de Lygia Pape e condensa uma série de questões levantadas na trajetória dessa artista que é uma das principais vozes na arte brasileira da segunda metade do século 20. A instalação é o resultado das experiências que Pape iniciou em 1977 com seus alunos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com fios esticados em meio à natureza. Posteriormente, no início dos anos 90, a artista ensaiou outro desdobramento dessa pesquisa, que seria realizado como malhas lançadas entre prédios e espalhadas pela cidade, como uma proposta de solidariedade. No final desta década, porém, as Ttéias finalmente atingiram o formato ao qual Pape dedicaria boa parte do seu trabalho naquele período: grandes instalações com fios metalizados unindo elementos da arquitetura; no caso dasTtéias1C, do piso ao teto; no caso de outras, dois cantos do espaço expositivo.
No Rio de Janeiro, onde construiu sua trajetória, Pape integrou os grupos Frente e Neoconcreto, participando ativamente da renovação que marcou a arte brasileira naquele período. A recepção das ideias construtivas das vanguardas europeias levou à formulação de uma síntese original, culminando na 1ª Exposição de Arte Neoconcreta e no manifesto do movimento, que Pape assinou em 1959, juntamente com Amílcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis. O texto versa sobre o resgate da liberdade de experimentação, questionando os parâmetros racionalistas do projeto construtivo e recuperando a dimensão subjetiva da obra. Nas Ttéias1C, é possível identificar o desdobramento da linguagem geométrica, ecoando algumas de suas obras iniciais, como os Relevos(1955-56) e os Tecelares (1956-57). O título da obra faz alusão a teia, resultado do interesse da artista pelas perambulações na cidade, e a teteia, uma palavra coloquial para denominar pessoa ou coisa graciosa.
Ttéia 1C, 2002
Copyrights © Projeto Lygia Pape
fio metalizado
Ttéia1C (2002) é uma obra da última etapa da carreira de Lygia Pape e condensa uma série de questões levantadas na trajetória dessa artista que é uma das principais vozes na arte brasileira da segunda metade do século 20. A instalação é o resultado das experiências que Pape iniciou em 1977 com seus alunos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com fios esticados em meio à natureza. Posteriormente, no início dos anos 90, a artista ensaiou outro desdobramento dessa pesquisa, que seria realizado como malhas lançadas entre prédios e espalhadas pela cidade, como uma proposta de solidariedade. No final desta década, porém, as Ttéias finalmente atingiram o formato ao qual Pape dedicaria boa parte do seu trabalho naquele período: grandes instalações com fios metalizados unindo elementos da arquitetura; no caso dasTtéias1C, do piso ao teto; no caso de outras, dois cantos do espaço expositivo.
No Rio de Janeiro, onde construiu sua trajetória, Pape integrou os grupos Frente e Neoconcreto, participando ativamente da renovação que marcou a arte brasileira naquele período. A recepção das ideias construtivas das vanguardas europeias levou à formulação de uma síntese original, culminando na 1ª Exposição de Arte Neoconcreta e no manifesto do movimento, que Pape assinou em 1959, juntamente com Amílcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Clark, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis. O texto versa sobre o resgate da liberdade de experimentação, questionando os parâmetros racionalistas do projeto construtivo e recuperando a dimensão subjetiva da obra. Nas Ttéias1C, é possível identificar o desdobramento da linguagem geométrica, ecoando algumas de suas obras iniciais, como os Relevos(1955-56) e os Tecelares (1956-57). O título da obra faz alusão a teia, resultado do interesse da artista pelas perambulações na cidade, e a teteia, uma palavra coloquial para denominar pessoa ou coisa graciosa.