To Draw a Line,
Freeport, Bahamas, 1964; vive em Nova York
To Draw a Line, 2003
técnica mista
Desde o início dos anos 1990, Janine Antoni realiza esculturas, fotografias e vídeos que fundem interesse pelos elementos formais da arte (tais como linha, formato, textura, forma e processo) com questões pessoais individuais, resultando em uma exploração de política e identidade de gênero. Não raro, seus trabalhos são belos e despojados, delicados e rigorosos, poéticos e políticos. A maior parte de suas esculturas se constitui como resultado de performances, embora não se trate de resíduos ou artefatos. To Draw a Line (2003) é formado por uma corda grossa, tensionada e suspensa entre duas bobinas de tamanho industrial nas quais está enrolada. Em uma das extremidades a corda foi trançada, formando uma escada que desce até o chão, terminando em um emaranhado gigantesco em forma de nuvem, situado entre as bobinas, tal qual uma almofada protetora e onírica. Na primeira exibição do trabalho, a artista completou a escultura ao subir a escada e se deslocar na corda bamba qual uma funâmbula. Ao fazer uma pausa a meio camimho, perdeu o equilíbrio e caiu sobre o emaranhado de corda, que amorteceu sua queda. A performance revelou-se essencial para o próprio conceito da escultura, com cada um de seus componentes servindo uma função necessária enquanto acrescentando profundidade metafórica. A história da execução de cada trabalho de Antoni é de algum modo contada pelas próprias obras e pelo fato de suas formas presentes sugerirem ações passadas. Ao conferir outro uso a materiais utilitários e ações corriqueiras, a artista questiona o próprio significado de uso. To Draw a Line vai muito além do simples deslocamento sobre a linha que uma corda traça no ar: o trabalho remete tanto à trajetória de vida, suas experiências e as respectivas conseqüências, como também à trajetória da arte e à busca por sentido compartilhada pela arte e pela vida.
To Draw a Line, 2003
técnica mista
Desde o início dos anos 1990, Janine Antoni realiza esculturas, fotografias e vídeos que fundem interesse pelos elementos formais da arte (tais como linha, formato, textura, forma e processo) com questões pessoais individuais, resultando em uma exploração de política e identidade de gênero. Não raro, seus trabalhos são belos e despojados, delicados e rigorosos, poéticos e políticos. A maior parte de suas esculturas se constitui como resultado de performances, embora não se trate de resíduos ou artefatos. To Draw a Line (2003) é formado por uma corda grossa, tensionada e suspensa entre duas bobinas de tamanho industrial nas quais está enrolada. Em uma das extremidades a corda foi trançada, formando uma escada que desce até o chão, terminando em um emaranhado gigantesco em forma de nuvem, situado entre as bobinas, tal qual uma almofada protetora e onírica. Na primeira exibição do trabalho, a artista completou a escultura ao subir a escada e se deslocar na corda bamba qual uma funâmbula. Ao fazer uma pausa a meio camimho, perdeu o equilíbrio e caiu sobre o emaranhado de corda, que amorteceu sua queda. A performance revelou-se essencial para o próprio conceito da escultura, com cada um de seus componentes servindo uma função necessária enquanto acrescentando profundidade metafórica. A história da execução de cada trabalho de Antoni é de algum modo contada pelas próprias obras e pelo fato de suas formas presentes sugerirem ações passadas. Ao conferir outro uso a materiais utilitários e ações corriqueiras, a artista questiona o próprio significado de uso. To Draw a Line vai muito além do simples deslocamento sobre a linha que uma corda traça no ar: o trabalho remete tanto à trajetória de vida, suas experiências e as respectivas conseqüências, como também à trajetória da arte e à busca por sentido compartilhada pela arte e pela vida.