The Sleeping City,
Praga, República Tcheca, 1980; vive em Praga
The Sleeping City, 2011
Técnica mista
Herdeiro de um legado artístico fundado na oposição ideológica entre figuração e abstração, Dominik Lang pertence à geração de jovens artistas do Leste Europeu que começou a atuar após o fim da Guerra Fria. Suas primeiras obras são intervenções efêmeras que alteram a percepção do espaço expositivo e instalações onde se entrelaçam, de maneira poética, passado e presente. Em Sleeping City [A cidade adormecida, 2011], apresentada na 54ª Bienal de Veneza, o artista resgatou uma série de esculturas de seu pai, o escultor modernista Jirí Lang (1927-1996), ativo na década de 1950 e morto quando o artista ainda era adolescente. A obra revisita a história da atual República Tcheca, desde o período da Guerra Fria até o colapso da ex-União Soviética em 1991. Aqui Lang estabelece ligações conceituais e históricas que remetem à produção que permaneceu à margem do circuito artístico oficial, levando ao anonimato dos artistas hostis ao realismo socialista adotado pelas ditaduras comunistas.
Por meio da simulação de um display museológico quase etnográfico, Sleeping City traz a público uma coleção privada ao mesmo tempo em que questiona as condições de visibilidade da arte e, em última instância, o destino da produção artística. Fragmentos de estatuetas inacabadas ou desmembradas, bustos e esculturas de figuras humanas, abandonadas ao esquecimento por mais de 50 anos, foram fracionados, interceptados, cercados por diversas barreiras físicas e submetidos a uma reorganização compositiva que lhes acrescenta novas camadas de significados. Tudo é milimetricamente calculado para o espaço expositivo, como numa grande colagem espacial em que tem lugar o encontro improvável entre dois artistas unidos por um laço biográfico.
The Sleeping City, 2011
Técnica mista
Herdeiro de um legado artístico fundado na oposição ideológica entre figuração e abstração, Dominik Lang pertence à geração de jovens artistas do Leste Europeu que começou a atuar após o fim da Guerra Fria. Suas primeiras obras são intervenções efêmeras que alteram a percepção do espaço expositivo e instalações onde se entrelaçam, de maneira poética, passado e presente. Em Sleeping City [A cidade adormecida, 2011], apresentada na 54ª Bienal de Veneza, o artista resgatou uma série de esculturas de seu pai, o escultor modernista Jirí Lang (1927-1996), ativo na década de 1950 e morto quando o artista ainda era adolescente. A obra revisita a história da atual República Tcheca, desde o período da Guerra Fria até o colapso da ex-União Soviética em 1991. Aqui Lang estabelece ligações conceituais e históricas que remetem à produção que permaneceu à margem do circuito artístico oficial, levando ao anonimato dos artistas hostis ao realismo socialista adotado pelas ditaduras comunistas.
Por meio da simulação de um display museológico quase etnográfico, Sleeping City traz a público uma coleção privada ao mesmo tempo em que questiona as condições de visibilidade da arte e, em última instância, o destino da produção artística. Fragmentos de estatuetas inacabadas ou desmembradas, bustos e esculturas de figuras humanas, abandonadas ao esquecimento por mais de 50 anos, foram fracionados, interceptados, cercados por diversas barreiras físicas e submetidos a uma reorganização compositiva que lhes acrescenta novas camadas de significados. Tudo é milimetricamente calculado para o espaço expositivo, como numa grande colagem espacial em que tem lugar o encontro improvável entre dois artistas unidos por um laço biográfico.