Photographs of photographs,
Tóquio, Japão, 1936 Tóquio, 1998
Photographs of photographs, 1973
fotografias antigas em emulsão de prata
©Fabiana de Barros
Jiro Takamatsu é uma das principais figuras da vanguarda japonesa dos anos 1960 em diante, tendo participado do seminal coletivo High Red Center (1963-64) e se aproximado do movimento Mono-Ha (1967-1979). As fotografias de fotografias, exibidas na Bienal de São Paulo, em 1973, foram feitas em colaboração com um fotógrafo profissional a partir de fotos do arquivo pessoal e familiar do artista. O procedimento joga com a dimensão temporal da fotografia e com a memória, além de relacionar as imagens com outros cenários e objetos reais: uma mão, uma régua, uma estante de trabalho, o batente de uma porta. Inseridas no contexto de uma exposição batizada de Natureza-Morta, as metafotografias de Takamatsu definem uma nova filiação para sua prática citacionista, que de alguma forma antecipa uma série de obras que questionam a imagem fotográfica ao longo das décadas de 1970 e 1980. Aqui, mais do que a distorção da imagem original pelo procedimento da citação, o que parece importar é o poder da colocação, do posicionamento, do arranjo, enfim, na leitura que fazemos destas imagens. Este poder nos faz desconfiar daquilo que, aparentemente neutro, está no entanto carregado de intenção.
Photographs of photographs, 1973
fotografias antigas em emulsão de prata
©Fabiana de Barros
Jiro Takamatsu é uma das principais figuras da vanguarda japonesa dos anos 1960 em diante, tendo participado do seminal coletivo High Red Center (1963-64) e se aproximado do movimento Mono-Ha (1967-1979). As fotografias de fotografias, exibidas na Bienal de São Paulo, em 1973, foram feitas em colaboração com um fotógrafo profissional a partir de fotos do arquivo pessoal e familiar do artista. O procedimento joga com a dimensão temporal da fotografia e com a memória, além de relacionar as imagens com outros cenários e objetos reais: uma mão, uma régua, uma estante de trabalho, o batente de uma porta. Inseridas no contexto de uma exposição batizada de Natureza-Morta, as metafotografias de Takamatsu definem uma nova filiação para sua prática citacionista, que de alguma forma antecipa uma série de obras que questionam a imagem fotográfica ao longo das décadas de 1970 e 1980. Aqui, mais do que a distorção da imagem original pelo procedimento da citação, o que parece importar é o poder da colocação, do posicionamento, do arranjo, enfim, na leitura que fazemos destas imagens. Este poder nos faz desconfiar daquilo que, aparentemente neutro, está no entanto carregado de intenção.