Obstaculo, Da série Construcciones,
Cidade do México, 1967; vive na Cidade do México
Obstaculo, da série Construcciones, 1997
fotografia c-print
O trabalho de Damián Ortega é fortemente ancorado na escultura e na experimentação, frequentemente com um toque de humor. Na prática de Ortega, esculturas domésticas atuam como espelhos imperfeitos para uma realidade vivida. Ortega escava significados por meio dos materiais que utiliza. Os primeiros experimentos caseiros de Ortega com escultura são demonstrados na destreza engenhosa da série Puentes y presas (1997). Explorando o balanço e a estrutura no confinamento de seu apartamento, Ortega apropriou-se da energia do espaço onde morava, compulsivamente reorganizando a mobília, caixas, vidros de tinta, cestos e cordas, formando inusitadas represas, pontes, extensões e arcos. O artista documentou várias versões desses arranjos em sua série fotográfica Construciones (1997), da qual Obstáculo faz parte. Essa composição temporária é composta por sete cadeiras e uma mesa invertida, em equilíbrio precário para formar um arco como acrobatas chineses ou como prova de uma traquinagem fantasmagórica. Na escultura Puente, que também está em exibição na galeria, 13 cadeiras interdependentes sugerem força por seu número e pelo uso inusitado como blocos de construção de uma ponte. Ao mesmo tempo, minam a monumentalidade da arquitetura formal. Feitos a partir do território doméstico e dentro dele, a escala desses trabalhos era originalmente limitada por assoalhos, paredes, utensílio domésticos e tetos, amplificando a absurdidade de suas funções e, ao mesmo tempo, convertendo a necessidade de transformar do artista em possibilidades de fuga.
Obstaculo, da série Construcciones, 1997
fotografia c-print
O trabalho de Damián Ortega é fortemente ancorado na escultura e na experimentação, frequentemente com um toque de humor. Na prática de Ortega, esculturas domésticas atuam como espelhos imperfeitos para uma realidade vivida. Ortega escava significados por meio dos materiais que utiliza. Os primeiros experimentos caseiros de Ortega com escultura são demonstrados na destreza engenhosa da série Puentes y presas (1997). Explorando o balanço e a estrutura no confinamento de seu apartamento, Ortega apropriou-se da energia do espaço onde morava, compulsivamente reorganizando a mobília, caixas, vidros de tinta, cestos e cordas, formando inusitadas represas, pontes, extensões e arcos. O artista documentou várias versões desses arranjos em sua série fotográfica Construciones (1997), da qual Obstáculo faz parte. Essa composição temporária é composta por sete cadeiras e uma mesa invertida, em equilíbrio precário para formar um arco como acrobatas chineses ou como prova de uma traquinagem fantasmagórica. Na escultura Puente, que também está em exibição na galeria, 13 cadeiras interdependentes sugerem força por seu número e pelo uso inusitado como blocos de construção de uma ponte. Ao mesmo tempo, minam a monumentalidade da arquitetura formal. Feitos a partir do território doméstico e dentro dele, a escala desses trabalhos era originalmente limitada por assoalhos, paredes, utensílio domésticos e tetos, amplificando a absurdidade de suas funções e, ao mesmo tempo, convertendo a necessidade de transformar do artista em possibilidades de fuga.