Gui Tuo Bei,
An Yang City, China, 1965, vive em Nova York
Gui Tuo Bei, 2001
pedra
Na cultura chinesa, monumentos monolíticos carregados por uma tartaruga são comuns em lugares sagrados e espaços públicos, servindo como fonte de contextualização histórica do local e simbolizando poder político ou religioso. A tartaruga representa longevidade, resistência e solidez, daí sua presença em tais monumentos. Na obra Gui Tuo Bei (2001), Zhang Huan parte dessa tradição, entretanto, ao libertá-la de um contexto históricocultural pré-estabelecido, ele amplia seus significados. Situada num ponto de destaque em Inhotim, ao final da alameda que originalmente conduzia à sede da antiga fazenda, Gui Tuo Bei (2001) contrasta com as demais esculturas do parque. O estranhamento não se dá apenas pela escrita chinesa, mas também por algo de ancestral, de atemporal que a obra evoca. O texto gravado na pedra narra a história de um homem, que apesar da idade avançada, consegue com a ajuda de seus descendentes mover as montanhas que bloqueavam o caminho de sua casa. Além da mensagem universal determinação e esforço levam à realização de qualquer objetivo a obra revela ainda uma dimensão autoreferencial: a face do artista esculpida na tartaruga expressa o árduo trabalho de sustentar uma tradição e projetar-se para além dela. O trabalho de Zhang Huan inclui escultura, pintura, fotografia e, principalmente, performances que exploram questões ligadas ao corpo e suas relações com a his tória e a sociedade.
Gui Tuo Bei, 2001
pedra
Na cultura chinesa, monumentos monolíticos carregados por uma tartaruga são comuns em lugares sagrados e espaços públicos, servindo como fonte de contextualização histórica do local e simbolizando poder político ou religioso. A tartaruga representa longevidade, resistência e solidez, daí sua presença em tais monumentos. Na obra Gui Tuo Bei (2001), Zhang Huan parte dessa tradição, entretanto, ao libertá-la de um contexto históricocultural pré-estabelecido, ele amplia seus significados. Situada num ponto de destaque em Inhotim, ao final da alameda que originalmente conduzia à sede da antiga fazenda, Gui Tuo Bei (2001) contrasta com as demais esculturas do parque. O estranhamento não se dá apenas pela escrita chinesa, mas também por algo de ancestral, de atemporal que a obra evoca. O texto gravado na pedra narra a história de um homem, que apesar da idade avançada, consegue com a ajuda de seus descendentes mover as montanhas que bloqueavam o caminho de sua casa. Além da mensagem universal determinação e esforço levam à realização de qualquer objetivo a obra revela ainda uma dimensão autoreferencial: a face do artista esculpida na tartaruga expressa o árduo trabalho de sustentar uma tradição e projetar-se para além dela. O trabalho de Zhang Huan inclui escultura, pintura, fotografia e, principalmente, performances que exploram questões ligadas ao corpo e suas relações com a his tória e a sociedade.