Gradina,
Ploiesti, Romênia, 1926; vive em Bucareste, Romênia
Gradina, 1991
Colagem e têmpera sobre papel
Assim como a Grécia clássica e o nascimento do cristianismo inspiraram obras de Geta Bratescu, o jardim e seu aspecto mitológico aparecem como inspiração do ciclo de colagens Gradina [Jardim, 1991]. Do jardim do Éden ao de Epicuro (ca. 341-270 a.C.), a abordagem da artista sobre o tema une forma e significado. O jardim de Bratescu não é realista ou revolto. Ele é harmônico, sereno e luminoso - o que não quer dizer que não haja nele movimento, dinâmica e intensidade. Seu paisagismo é ao mesmo tempo idealizado e vital, numa relação de mão dupla com a natureza, de onde extrai suas formas e para onde as devolve. Suas cores, resultado da têmpera artesanal, fazem referência às diferentes épocas do ano que transformam nossa percepção da natureza ao longo de um ciclo completo e circular. As colagens são 12, assim como são 12 os meses do ano. Suas formas, obtidas por corte, dobra, justaposição e sobreposição de tiras de papel pintado, evocam céu, terra, troncos, caules, folhas e flores, mas também canteiros, alamedas, manchas e contornos. Sua superfície é densa, com elaborados padrões, ritmos e texturas. Montada numa sala, menos como imagens e mais como um ambiente, a obra ganha novo significado - um jardim pictórico cercado pelo jardim do Inhotim, convocando os sentidos do espectador para uma fruição que evoca luxo, calma e volúpia.
Gradina, 1991
Colagem e têmpera sobre papel
Assim como a Grécia clássica e o nascimento do cristianismo inspiraram obras de Geta Bratescu, o jardim e seu aspecto mitológico aparecem como inspiração do ciclo de colagens Gradina [Jardim, 1991]. Do jardim do Éden ao de Epicuro (ca. 341-270 a.C.), a abordagem da artista sobre o tema une forma e significado. O jardim de Bratescu não é realista ou revolto. Ele é harmônico, sereno e luminoso - o que não quer dizer que não haja nele movimento, dinâmica e intensidade. Seu paisagismo é ao mesmo tempo idealizado e vital, numa relação de mão dupla com a natureza, de onde extrai suas formas e para onde as devolve. Suas cores, resultado da têmpera artesanal, fazem referência às diferentes épocas do ano que transformam nossa percepção da natureza ao longo de um ciclo completo e circular. As colagens são 12, assim como são 12 os meses do ano. Suas formas, obtidas por corte, dobra, justaposição e sobreposição de tiras de papel pintado, evocam céu, terra, troncos, caules, folhas e flores, mas também canteiros, alamedas, manchas e contornos. Sua superfície é densa, com elaborados padrões, ritmos e texturas. Montada numa sala, menos como imagens e mais como um ambiente, a obra ganha novo significado - um jardim pictórico cercado pelo jardim do Inhotim, convocando os sentidos do espectador para uma fruição que evoca luxo, calma e volúpia.