Fotos série Maciel,
Las Palmas de Gran Canaria, Ilhas Canárias, Espanha, 1946; vive em Araras, Rio de Janeiro
Fotos série Maciel, 1979
cibachrome, Fujichrome
Neste pavimento da galeria Miguel Rio Branco estão reunidas 34 imagens de um de seus mais importantes e seminais trabalhos: as fotografias realizadas no bairro do Maciel, no Pelourinho, em Salvador. Miguel Rio Branco descobriu o Pelourinho em 1979, quando interessou-se por retratar a prostituição no local e seus personagens, suas histórias de violência. Antigo centro social de Salvador, a região atravessou um severo processo de decadência nos anos 1970, levando à ocupação informal de seus prédios e à degradação das construções antigas. Naquele ano, o artista fez sucessivas visitas ao local e estabeleceu uma relação com seus personagens que, para se deixarem fotografar, recebiam em troca seus retratos montados em monóculos: um código de permuta que remonta às origens da fotografia.
No Pelourinho, o olhar descritivo do fotógrafo documental dá lugar a uma posição de envolvimento com a cena registrada. O resultado central é o encontro entre beleza e erotismo na ruína. Cor e luz são usados como elementos expressivos e excessivos paredes do prostíbulo
cobertas com recortes de revista, a luz invadindo portas e janelas -, os elementos táteis e motores das cenas parecem saltar da imagem plana - as superfícies e linhas imperfeitas da casa, a pele humana marcada, uma cicatriz que parece ter sido feita na própria fotografia. O
corpo dos habitantes do Pelourinho é mostrado com crueza e intimidade.
Fotos série Maciel, 1979
cibachrome, Fujichrome
Neste pavimento da galeria Miguel Rio Branco estão reunidas 34 imagens de um de seus mais importantes e seminais trabalhos: as fotografias realizadas no bairro do Maciel, no Pelourinho, em Salvador. Miguel Rio Branco descobriu o Pelourinho em 1979, quando interessou-se por retratar a prostituição no local e seus personagens, suas histórias de violência. Antigo centro social de Salvador, a região atravessou um severo processo de decadência nos anos 1970, levando à ocupação informal de seus prédios e à degradação das construções antigas. Naquele ano, o artista fez sucessivas visitas ao local e estabeleceu uma relação com seus personagens que, para se deixarem fotografar, recebiam em troca seus retratos montados em monóculos: um código de permuta que remonta às origens da fotografia.
No Pelourinho, o olhar descritivo do fotógrafo documental dá lugar a uma posição de envolvimento com a cena registrada. O resultado central é o encontro entre beleza e erotismo na ruína. Cor e luz são usados como elementos expressivos e excessivos paredes do prostíbulo
cobertas com recortes de revista, a luz invadindo portas e janelas -, os elementos táteis e motores das cenas parecem saltar da imagem plana - as superfícies e linhas imperfeitas da casa, a pele humana marcada, uma cicatriz que parece ter sido feita na própria fotografia. O
corpo dos habitantes do Pelourinho é mostrado com crueza e intimidade.