Deleite,
Tunga é um dos nomes mais importantes do acervo de Inhotim, sendo um artista fundador e balizador do conceito
do seu acervo artístico. Deleite (1999) é uma das primeiras obras a ser integrada à coleção e a ser montada em Inhotim. Ao utilizar sinos, bengalas, ímãs, correntes e bancos de ferro e couro, objetos e materiais recorrentes em
sua poética, o artista cria uma situação em que a fantasia é o fio condutor de uma narrativa prolífica em simbolismos e com significação diversa, num campo onde fato e ficção são confundidos. Em sua produção, os objetos são
multiplicados em instalações que recorrem ao excesso, colocando às claras os materiais constitutivos e as misturas que desafiam as qualidades físicas de cada um. Arquiteto por formação, a obra de Tunga busca suas referências
na literatura e na filosofia, mas também na biologia, zoologia, medicina, arqueologia e nas ciências exatas. A partir dos anos 1970, Tunga vem produzindo em diversos suportes, com ênfase nas instalações e esculturas, além de
performances que contam com a participação de atores. Em várias de suas obras, a instalação configura-se como
registro de uma ação ou como memória da pr esença do corpo e da vida.