Abre a Porta,
John Ahearn
Binghamton, Nova York, 1951; reside e trabalha em Nova York, EUA
Rigoberto Torres
Aguadilla, Porto Rico, 1960; reside e trabalha em Orlando, Flórida, EUA
Abre a Porta, 2006
tinta automotiva sobre fibra de vidro
Os murais escultóricos de John Ahearn são muito mais do que simples esculturas realistas: são desafios à própria natureza da representação, de quem representa quem. Eles resultam de um longo processo de imersão do artista e de seu parceiro freqüente, Rigoberto Torres, em uma comunidade, com o objetivo de conhecer as pessoas, seu caráter, valores e vitalidade, para então retratá-las com sensibilidade os trabalhadores que constituem a espinha dorsal de uma sociedade e que, raramente, são objeto de representação, ou que, quando o são, raramente opinam sobre a maneira como são retratados. No caso dos dois murais em exibição, Ahearn e Torres escolheram seus modelos entre a população de Brumadinho, a cidade onde se situa Inhotim, sendo que muitos deles trabalham no Centro de Arte Contemporânea. O mural Abre a Porta (2006) mostra uma procissão religiosa, solene e fervorosa, que acontece anualmente junto à igreja situada em Inhotim, em frente ao mural. A procissão é formada por integrantes dos grupos locais de Congada e Moçambique, cujas raízes remontam à linhagem africana pura de ex-escravos praticantes de um tipo de catolicismo que assimilou divindades animistas.
Binghamton, Nova York, 1951; reside e trabalha em Nova York, EUA
Rigoberto Torres
Aguadilla, Porto Rico, 1960; reside e trabalha em Orlando, Flórida, EUA
Abre a Porta, 2006
tinta automotiva sobre fibra de vidro
Os murais escultóricos de John Ahearn são muito mais do que simples esculturas realistas: são desafios à própria natureza da representação, de quem representa quem. Eles resultam de um longo processo de imersão do artista e de seu parceiro freqüente, Rigoberto Torres, em uma comunidade, com o objetivo de conhecer as pessoas, seu caráter, valores e vitalidade, para então retratá-las com sensibilidade os trabalhadores que constituem a espinha dorsal de uma sociedade e que, raramente, são objeto de representação, ou que, quando o são, raramente opinam sobre a maneira como são retratados. No caso dos dois murais em exibição, Ahearn e Torres escolheram seus modelos entre a população de Brumadinho, a cidade onde se situa Inhotim, sendo que muitos deles trabalham no Centro de Arte Contemporânea. O mural Abre a Porta (2006) mostra uma procissão religiosa, solene e fervorosa, que acontece anualmente junto à igreja situada em Inhotim, em frente ao mural. A procissão é formada por integrantes dos grupos locais de Congada e Moçambique, cujas raízes remontam à linhagem africana pura de ex-escravos praticantes de um tipo de catolicismo que assimilou divindades animistas.