Cloud-Gates Bubble Machine, 1965 - 2013
Manila, Filipinas, 1942; vive em Londres, Reino Unido
Cloud-Gates Bubble Machine, 1965/2013
Acrílico, espuma, mangueiras, sistema de bomba de ar e de água
Doação da Fundação Bienal de Artes do Mercosul, 2013
David Medalla é um artista filipino que cedo saiu de seu país para, a partir de encontros e experiências ao redor do mundo, criar uma obra centrada em questões, como o diálogo, a mobilidade e a transformação. Medalla viveu sempre entre culturas, lugares e movimentos artísticos, e essa diversidade de referências está presente em seus trabalhos. Um dos precursores da arte cinética, performativa, participativa e processual, nos anos 1960, Medalla foi também um importante personagem na divulgação de movimentos de vanguarda ainda pouco conhecidos na Europa e nos Estados Unidos, principalmente com a criação, com Paul Keeler, da Signals Gallery, em Londres. Na galeria aconteceram exposições de artistas, como Hélio Oiticica (1937-1980), Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Sergio Camargo (1930-1990), todas elas acompanhadas da publicação também chamada de Signals e editada por Medalla. O espaço durou apenas dois anos, mas foi seguido por outras experiências colaborativas que tratavam de questões culturais, sociais e de gênero, como a Exploding Galaxies (1967), coletivo de artistas multimídias que desafiava os limites entre a arte e a vida.
Os trabalhos de Medalla são sempre informados por experiências pessoais, e Cloud-Gates Bubble Machine (1965/2013), obra seminal do artista, foi concebida pela combinação de memórias de diferentes momentos e lugares: o guerrilheiro filipino que, morrendo no jardim de sua casa, borbulhava sangue pela boca; o doce de coco que a mãe fazia; as nuvens sobre o Grand Canyon; uma cervejaria em Edinburgo, Escócia. Já no começo de sua carreira, Medalla percebeu que a arte poderia ser feita de materiais não convencionais, que desafiavam o conceito de escultura e refletiam sobre suas vivências. Em Cloud-Gates Bubble Machine estão presentes oposições formais, como o estático e o cinético, o monumental e o efêmero, o autoral e o aleatório, e questões afetivas, como os fluxos, os ciclos de criação e destruição necessários às transformações e a conexão entre diferentes histórias.
Cloud-Gates Bubble Machine, 1965/2013
Acrílico, espuma, mangueiras, sistema de bomba de ar e de água
Doação da Fundação Bienal de Artes do Mercosul, 2013
David Medalla é um artista filipino que cedo saiu de seu país para, a partir de encontros e experiências ao redor do mundo, criar uma obra centrada em questões, como o diálogo, a mobilidade e a transformação. Medalla viveu sempre entre culturas, lugares e movimentos artísticos, e essa diversidade de referências está presente em seus trabalhos. Um dos precursores da arte cinética, performativa, participativa e processual, nos anos 1960, Medalla foi também um importante personagem na divulgação de movimentos de vanguarda ainda pouco conhecidos na Europa e nos Estados Unidos, principalmente com a criação, com Paul Keeler, da Signals Gallery, em Londres. Na galeria aconteceram exposições de artistas, como Hélio Oiticica (1937-1980), Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Sergio Camargo (1930-1990), todas elas acompanhadas da publicação também chamada de Signals e editada por Medalla. O espaço durou apenas dois anos, mas foi seguido por outras experiências colaborativas que tratavam de questões culturais, sociais e de gênero, como a Exploding Galaxies (1967), coletivo de artistas multimídias que desafiava os limites entre a arte e a vida.
Os trabalhos de Medalla são sempre informados por experiências pessoais, e Cloud-Gates Bubble Machine (1965/2013), obra seminal do artista, foi concebida pela combinação de memórias de diferentes momentos e lugares: o guerrilheiro filipino que, morrendo no jardim de sua casa, borbulhava sangue pela boca; o doce de coco que a mãe fazia; as nuvens sobre o Grand Canyon; uma cervejaria em Edinburgo, Escócia. Já no começo de sua carreira, Medalla percebeu que a arte poderia ser feita de materiais não convencionais, que desafiavam o conceito de escultura e refletiam sobre suas vivências. Em Cloud-Gates Bubble Machine estão presentes oposições formais, como o estático e o cinético, o monumental e o efêmero, o autoral e o aleatório, e questões afetivas, como os fluxos, os ciclos de criação e destruição necessários às transformações e a conexão entre diferentes histórias.